Details

First Name

Reitchel

Last Name

komch

Username

rachelk

Bio

Born, lives and works in Rio de Janeiro.

REITCHEL KOMCH is a visual artist. She holds workshops at the Escola de Artes Visuais do Parque Lage with Brígida Balthar, Chico Cunha, João Magalhães and Luiz Ernesto from 2010 onwards. He attends Poetic Immersions (2017) and Poéticas em Processo (2018) at Escola Sem Sítio ― with Cadu, Efrain Almeida, Marcelo Campos and Marisa Flórido. In 2019, she did Accompaniment & Dialogue for Artists with Daniela Name. Holds the solo show Dos Gestos e do Tempo (Espaço Correios, Niterói, 2019). Participated in the Antiformas de Intervenção workshop ― under the guidance of David Cury ― at EAV-Parque Lage since 2019. Launches the video Abre Caminho, based on the homonymous performance and sculpture made in 2021. Participates in the collective Ñzanza ― curated by Marcelo Campos and Sabrina Veloso (Villa Aymoré, Rio, 2020); Abre Alas 16 (A Gentil Carioca, Rio, 2020); The Melancholy of the Landscape (Untitled Gallery, Fortaleza, 2019); The Body and Feminism (Cultural Center of Federal Justice, Rio, 2018); and Floating (Paço Imperial, Rio, 2018). In 2023, she integrates the group of exhibitions of the 14th salon of artists without a gallery at Zipper Galeria – São Paulo.

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Nascida no Rio, vive e trabalha no Rio de Janeiro.

REITCHEL KOMCH é artista visual. Faz oficinas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage com Brígida Balthar, Chico Cunha, João Magalhães e Luiz Ernesto a partir de 2010. Cursa Imersões Poéticas (2017) e Poéticas em Processo (2018) na Escola Sem Sítio ― com Cadu, Efrain Almeida, Marcelo Campos e Marisa Flórido. Em 2019, faz Acompanhamento & Diálogo para Artistas com Daniela Name. Realiza a mostra individual Dos Gestos e do Tempo (Espaço Correios, Niterói, 2019). Integra a oficina Antiformas de Intervenção ― sob orientação de David Cury ― na EAV-Parque Lage desde 2019. Lança o vídeo Abre Caminho, a partir de performance e escultura homônimas realizadas em 2021. Participa das coletivas Ñzanza ― com curadoria de Marcelo Campos e Sabrina Veloso (Villa Aymoré, Rio, 2020); Abre Alas 16 (A Gentil Carioca, Rio, 2020); A Melancolia da Paisagem (Galeria Sem Título, Fortaleza, 2019); O Corpo e o Feminismo (Centro Cultural da Justiça Federal, Rio, 2018); e Flutuantes (Paço Imperial, Rio, 2018). Em 2023 integra o grupo de exposições do 14° salão dos artistas sem galeria, na Zipper Galeria – São Paulo.

Website

http://www.reitchelkomch.art

Country of residence

United States (US)

Statement

Statement

Afro-Brazilian gods and myths surround KOMCH’s Trails to the Iroko. This kind of contemporary heraldry delivers more alterity than black diaspora revisionism. In Yoruba mythology, Iroko is the orisha of time. Mysterious and libertarian, it is transformed into militia excelsa (sacred tree corresponding to the gameleira). From figurative to abstract, these are succinct “textile landscapes” ― or laconic markers of reaction to the hegemony of discriminatory models of religious freedom and ethnic differences.

If the standard form conceptually politicizes the rescue of remote origins, these emotional updates are delivered in explicitly sculptural terms, refusing populism. KOMCH’s search for political representation through the creation of lyrical commands ― with a redefinition of the social place and de-repression of the psyche ― are critically associable with the works of the Frenchwoman Diagne Chanel; the South African Pamela Phatsimo; the Americans David Hammons, Senga Nengudi, Purvis Young and Mickalene Thomas; the Belgian Mufuki; the Malian Abdoulaye Konaté; and the German Ingrid Mwangi.
[Critical text based on analyzes and debates carried out between 2019 and 2021 by the Working Group of the Antiformas de Intervenção workshop ― under the guidance of visual artist David Cury ― at the Escola de Artes Visuais do Parque Lage, in Rio de Janeiro]
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Deuses e mitos afrobrasileiros rondam as Trilhas para o Iroko de Komch. Essa espécie de heráldica contemporânea entrega mais alteridade do que revisionismo da diáspora negra. Na mitologia iorubá, Iroko é o orixá do tempo. Misterioso e libertário, ele se transfigura em milicia excelsa (árvore sagrada correspondente à gameleira). De figuradas a abstratas, trata-se de sucintas “paisagens têxteis” ― ou de lacônicos marcadores de reação à hegemonia de modelos discriminatórios da liberdade religiosa e de diferenças étnicas.

Não há nenhuma ilustração de sagas, antes uma narratividade interna baseada em inéditos comportamentos de cabaças, setas e ferramentas de ferro. Agentes de magia e fé, eles se enredam em sofisticadas tramas de meadas que desenham cirurgicamente sobre bandeiras de esparso sensualismo, e discreta visibilidade. A obstinação em dar voz às minorias é que substancia a “guerrilha” de Komch e sua trajetória pessoal: nascida no Terceiro Mundo, mulher, miscigenada, artista. Suas esculturas parecem agir como dispositivos para progressão espiritual e transcendência ― e, ao fim, resultam poderosamente ecumênicas.

Se a forma-estandarte politiza conceitualmente o resgaste de origens remotas, essas atualizações emocionais se entregam em termos explicitamente escultóricos, recusando populismos. A busca de KOMCH por representação política através da criação de comandos líricos ― com redefinição de lugar social e desrepressão da psique ― são criticamente associáveis aos trabalhos da francesa Diagne Chanel; da sul-africana Pamela Phatsimo; dos norte-americanos David Hammons, Senga Nengudi, Purvis Young e Mickalene Thomas; do belga Mufuki; do malês Abdoulaye Konaté; e da alemã Ingrid Mwangi.
[Texto crítico elaborado a partir de análises e debates realizados entre 2019 e 2021 pelo Grupo de Trabalho da oficina Antiformas de Intervenção ― sob orientação do artista visual David Cury ― na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro]

Exhibitions

Exhibitions

2023

14° salão dos artistas sem galeria (Zippergaleria) – 19/01 a 25/02/23;

2022

Territórios insustentáveis. (Consulado da República Argentina) – 04/11 a 05/12/22;

2020

realização de vídeo com a obra Abre caminho (vila Aymoré);

Abre Alas16 (Galeria Gentil Carioca – RJ);

2019

A melancolia da paisagem (Galeria sem título – Fortaleza);

2018

O corpo e o feminismo (centro cultural da Justiça Federal);

Flutuantes (Museu do Paço Imperial),