Details

First Name

Rafael

Last Name

Moreira

Username

rafaelmo

Bio

Artista visual, pintora, performer e arte-educadora. Graduada em licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará. Desenvolve trabalhos poéticos a partir de suas vivências e reflexões sobre o atrito entre os corpos LGBTQIA+ com a sociedade, abordando identidade e suas relações históricas e sociais onde corpos e rostos são símbolos centrais nessa pesquisa. Em 2016 foi premiada com o título de Menção Honrosa no Salão de Arte Primeiros Passos do Centro Cultural Brasil – Estados Unidos – CCBEU, e em 2017 recebe o Prêmio de Terceiro Lugar no mesmo Salão; em 2018 recebe o Prêmio do Edital “Expressões Artísticas” da Fundação Cultural do Pará – FCP; em 2019 é Artista convidada para participar do Salão Arte Pará e em 2019 ganha o Prêmio de Primeiro Lugar no Salão de Arte Primeiros Passos do CCBEU; em 2019 defende seu Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Um Corpo Queer Em Sala: Entre Poéticas E Pedagogias, Experimentações Em Arte-Educação” em exposição de mesmo titulo que propôs aproximar o seu trabalho artístico com a produção de seus alunos; Em 2020 é uma das artistas contempladas pelo Edital Emergencial “Arte Como Respiro” do Itaú Cultural.

Statement

Statement

O corpo é por excelência histórico, se relaciona aos sonhos e receios de cada época, cultura e grupo social, mesmo antes do nosso nascimento expectativas são depositadas sobre nós, atender a essas expectativas da sociedade pode até mesmo determinar quais vidas importam e quais não. Ao me conscientizar disso, percebo o contexto histórico e social que meu corpo se insere. E é nesse contexto que minha poética como artista plástica/visual se estabelece, entre as tensões que envolvem o corpo, desejo e identidade. A principal linguagem utilizada em meu processo artístico é a pintura, em um estilo realista, onde se busca uma forte semelhança com as pessoas retratadas, transformando o Rosto em simbolo. Fato é que a pintura, em especial os retratos, durante muito tempo foi considerada como símbolo de status social (e ainda é), pois ter a posse de uma pintura, e em especial ser retratado por um artista, significava que aquela pessoa tinha um grande poder aquisitivo para contratar os

serviços de um artista. Portanto em meu trabalho como artista visual, me aproprio deste status que a pintura conseguiu chegar para me retratar e retratar aquelas pessoas com quem me identifico, como forma de subverter o nosso estigma, a nossa injúria, ao deslocar a nossa imagem e nossas narrativas dos guetos a intenção é a nossa visibilização enquanto seres humanos.