Details
First Name | Paulo |
Last Name | Valeriano |
Username | paulov |
Bio | Artista brasiliense, Paulo Valeriano tem 23 anos e é formado em fotografia pelo Centro Universitário IESB; atualmente cursa o Bacharelado em Artes Visuais da Universidade de Brasília (UnB), com previsão de conclusão em 2024.
Desde seu ingresso no Instituto de Artes em 2018 participa e produz exposições no ambiente universitário, além de ter estado presente em exposições coletivas na Casa de Cultura da América Latina (CAL), Galeria INDEX e “EmMeio#13”, exposição vinculada ao encontro Internacional de Arte e Tecnologia. Recentemente integrou feiras de arte relevantes no cenário artístico da capital, com trabalhos presentes também na Feira de Arte Goiás (FARGO), onde passou a integrar a expressiva coleção particular de Fernando Bueno. |
Country of residence | Brazil |
Statement
Statement | “Há em primeiro lugar essa parte invisível do espaço, que bordeja e extravasa constantemente o visível, e lembra o quanto a paisagem delimita um mundo e insinua em suas margens a presença de uma vida tumultuosa. Depois há o horizonte, as lonjuras, como sinal e anúncio de uma promessa, um apelo. Mas também, mais perto, os traços do mundo que se disfarçam sob o olhar, como um convite a explorar todos os detalhes, todas as dobras do visível, numa espécie de viagem interminável. Todos os pontos do espaço, as margens, os centros, o longe e o perto marcam essa insistência do infinito no finito que trabalha no interior da paisagem e a define.” – Jean Marc Besse Meu trabalho de arte, ao longo dos dois últimos anos, tem tido em seu cerne a paisagem. É a experiência da viagem, do deslocamento e da presença em novos espaços ou lugares que possibilita que o trabalho aconteça. Abordar esse tema é tanto uma escolha quanto uma impossibilidade de negá-lo. Parece haver, na disponibilidade de se colocar em novos espaços, uma pregnância das imagens que os constituem e uma imensidão impossível de se cobrir por inteiro com o olhar, como se entre mim e o espaço houvesse um véu. Este véu acentua o desejo de conhecer esses espaços, de passar a entendê-los como lugares. Yi Fu Tuan, geógrafo humanista, diz que espaço é mais abstrato do que lugar. O que começa como espaço indiferenciado transforma-se em lugar à medida que o conhecemos melhor e o dotamos de valor, nas palavras do autor. Tratar da paisagem é tratar de um cânone da história da arte, talvez do maior cânone da história da pintura, e isso, sem questionamentos, atravessa o pensamento sobre o assunto; faz com que pensar paisagem, no contexto das artes visuais, seja pensar história; coloca em dúvida a razão de ainda pintarmos paisagem. Registrar o espaço que nos cerca toma um lugar de extrema importância para a construção de sua história e de sua memória. Didi-Huberman, em seu livro “Cascas” onde trata de sua visita a Auschwitz e Birkenau por meio de fotografias e relatos, diz “A destruição dos seres não significa que eles foram para outro lugar. Eles estão aqui, decerto: aqui, nas flores dos campos, aqui, na seiva das bétulas, aqui, neste pequeno lago onde repousam as cinzas de milhares de mortos”. Memória e paisagem. Trata-se de espaço. De estar disponível para, de interagir com, de deixar-se envolver por e desenrolar-se sobre. De compreender, ver ou tocar este véu invisível. Trata-se do que se encontra entre mim e o que eu vejo. Mas não posso tocar. Tudo isso pode parecer se referir à paisagem. De novo. De estar disponível para, de interagir com, de deixar-se envolver por e desenrolar-se sobre, de compreender, ver ou tocar este véu invisível. Lido com limiares, estados que não são um, nem outro, que estão entre, em movimento, em percurso, em deslocamento. Não trato apenas da paisagem, mas também do próprio ato de se deslocar, avançar em direção à deriva, ao desconhecido. Entretanto o deslocar não nos leva apenas ao desconhecido, estar à deriva é também poder se deparar com a memória, este lugar onde “o não reconhecível rivaliza com o reconhecível, como a sombra com a luz”, coloca Didi-Huberman. Trato então, também, da memória. O deslocamento permeia todo o processo. Um estado constante de dilatação do tempo, do espaço e da imaginação se dá nas diversas idas e vindas a um mesmo lugar e passa a ser possível uma apreensão, seguida de uma reação e de um pensamento estruturado sobre os espaços. |
Exhibitions
Exhibitions | – Arte em Processo, 2019 ADUnB. Brasília – DF Exposição coletiva – Intersecções, 2020 Virtual. Exposição coletiva – EmMeio#13, coletiva vinculada ao encontro internacional de Arte e Tecnologia. Participou integrando o coletivo @3’, 2021 Virtual. Exposição coletiva – Feira Miúda, 2021 Galeria Alfinete. Brasília – DF Feira – Galeria Aberta, 2022 DeCurators. Brasília – DF Exposição coletiva – Desalinha, 2022 Galeria do Pátio. Brasília – DF Feira – Sacolão; Oitava edição, 2022 Anexo do Museu Nacional Honestino Guimarães. Brasília – DF Feira – Sacolão; Nona edição, 2022 Anexo do Museu Nacional Honestino Guimarães. Brasília – DF Feira – Sumidouro, 2022 Studiozin Criativo. Brasília – DF Exposição coletiva – Do Quarto Pra Rua, 2022 Casa de Cultura da America Latina (CAL). Brasília – DF Exposição coletiva – Feira Miúda, 2023 Galeria Alfinete. Brasília – DF Feira – Feira de Arte Goiás (FARGO), 2023 Centro Cultural Oscar Niemeyer. Goiânia, GO Feira – Feira do Fuga, 2023 Ateliê Fuga – Valéria Penacosta. Brasília – DF Feira – A dobra fora do mundo, 2023 Reitoria da Universidade de Brasília. Brasília – DF Exposição coletiva – Corpo Provisório, 2023 Casa de Cultura da América Latina (CAL). Brasília – DF Exposição coletiva – Sobre/Posições, 2023 Galeria INDEX. Brasília – DF Exposição coletiva – Teoria da Paisagem, 2023 Casa Aerada Varjão. Brasília – DF Exposição Coletiva |
Interests and medias
Interests | Ceramics, Filmmaking / Video art, Painting |
Ceramics medias | Clay |
Painting medias | Oil |
Filmmaking / video art medias | Video installation, Single-channel video |