Details

First Name

Ana

Last Name

Zequin

Username

anaz

Bio

Ana Zequin é uma artista e ilustradora que reside na cidade de Araçatuba, São Paulo. Seu trabalho é a exposição do seu universo íntimo, no qual a narrativa é a sua autobiografia ficcional. A artista relaciona suas memórias, seu cotidiano e personagens desse universo para produzir desenhos, pinturas e colagens.
Formada como bacharel em Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e especializada em História da Arte pela Claretiano – Rede de Educação.

Statement

Statement

Eu vejo no meu trabalho a possibilidade de inventar um universo íntimo, no qual a narrativa é a minha autobiografia ficcional. O ponto de partida de um trabalho pode ser uma flor que nasceu no quintal da minha casa, uma fotografia onde habitam juntos conhecidos e desconhecidos ou uma frase dita num podcast. A partir de um olhar seletivo sobre o que cruza o meu cotidiano, eu construo relações entre memórias pessoais e personagens criados para este universo.

A memória é um assunto frequente nos meus trabalhos, podendo falar sobre algo que aconteceu comigo ou possuir uma relação com o que eu sou. As fotos 3×4 dos meus avós ainda jovens e as fotografias antigas de pessoas que não conheço, mas que moravam na cidade em que nasci, são partes de uma coleção de imagens que guardo com carinho. Essas fotografias e memórias não possuem a minha presença ali, mas fazem parte da minha formação e marcam a existência de uma história.

No meu trabalho “Floração” (2021) é possível ver, no centro da imagem, um ser de estrutura humana. Esse personagem surgiu anos atrás e se repete em alguns trabalhos. Ele faz parte dessa narrativa que mescla o fato com a ficção, construindo uma ponte de projeção para esse universo. Este trabalho é um conjunto de camadas sobrepostas, nele me utilizei de materiais a muito tempo guardados e alguns já utilizados. Reuni as camadas utilizando prendedor de papel e clips, de modo despretensioso. Os materiais e o modo de fazer estão conectados com o meu desejo de apresentar ao espectador o processo e a instigá-lo a explorar o seu próprio universo.

Eu quero que meu espectador se aproxime do trabalho, assim como me aproximo para produzi-los. Eu espero que o espectador se projete sobre os fragmentos visíveis desse universo e preencha as lacunas com as suas próprias verdades e ficções, assim como eu as preencho. Essa autobiografia está em aberto para o outro e para mim, ela continua sendo escrita e por agora tenho apenas uma parte de um processo contínuo.