Details
First Name | Anabel |
Last Name | Antinori |
Username | anabela |
Bio | Anabel Antinori tem 27 anos, é gravadora e ilustradora. Desde 2010 trabalha com a gravura em metal, fio condutor de sua pesquisa acadêmica, por sua vez focada nas linguagens gráficas para discutir temas relacionados a corpo, espaço e memória. É Bacharel pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e, em seu percurso acadêmico, teve a oportunidade de desenvolver técnicas de impressão, fotografia e pintura para investigar o conceito de corpografia urbana. Em sua formação, foi de primeira importância o contato com mestres como Evandro Carlos Jardim, Valdir Flores, Marco Buti, Ana Calzavara e FabrÃcio Lopez, bem como os estudos na Fondazione Il Bisonte per lo studio dell’arte grafica (Florença, Itália) no ano de 2019. Hoje, seu trabalho adquire uma natureza distintamente mais experimental, incorporando colagem, assemblage, instalação e performance. Partindo não apenas da vivência em São Paulo, onde nasceu e cresceu, mas também da experiência em outras localidades, procura entender o corpo a partir de sua relação com a cidade, bem como a potencialidade do espaço público enquanto convite à experiência
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Statement
Statement | Em minha trajetória pelas artes visuais, tudo é pontuado pelo desenho. Desenho aqui entendido não como marca do lápis no papel, mas como desÃgnio, algo muito anterior ao primeiro traço e que não necessariamente acaba na última linha. No meio do caminho, me agrada esse estado de gênese- examinar as coisas a partir daquilo que elas poderiam ser. Nesse sentido, acredito que meu trabalho se mostra em um perene estado de suspensão, repleto de parênteses que nos convidam a entrar e assim concluÃ-lo à nossa maneira. Para tal, lanço mão do pensamento gráfico e das técnicas de impressão pela multiplicidade de resultados que posso obter com a mesma matriz. Fragmentar paisagens, compreender a escala do corpo em tensão com o território, a precariedade do gesto em confronto com a ferramenta, são sinais de que não há como pensar a gravura sem considerar as marcas que o espaço imprime no corpo de cada um que o experimenta. O lugar pode ser sempre reinventado pela presença. Trabalho muito com séries– é como se ali os elementos visuais pudessem ser fragmentados, rearranjados e assim revelados em sua incompletude. Atualmente em minha produção a gravura vem se abrindo a novos interlocutores – fotografia, colagem, instalação, performance– como um modo de explorar uma certa topologia do corpo, ou uma corpografia do espaço. Ainda, se a forma como percebemos o corpo é um lugar da linguagem, o visÃvel e o dizÃvel estão sempre em relação; são elementos comunicativos que caminham juntos, sendo, a meu ver, impossÃvel estudá-los e decodificá-los separadamente.Â
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